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RADIO WEB INESPEC OUTUBRO DE 2022 - ANO 12 PRT 27.540.401/22 ,

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Resiliência ou resilência.

ESSE É O CONCEITO LITERÁRIO DA EXPRESSÃO CITADA PELO PROFESSOR CLÓVIS.
Resiliência ou resilência é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns sub-materiais, de acumular energia, quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura. Após a tensão cessar poderá ou não haver uma deformação residual causada pela histerese do material - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que verga-se até um certo limite sem se quebrar e depois retorna à forma original dissipando a energia acumulada e lançando o atleta para o alto.
É medida em percentual da energia devolvida após a deformação. Onde 0% indica que o material sofre deformações exclusivamente plásticas (plasticidade) e 100% exclusivamente elásticas (elasticidade) .
O cientista inglês Thomas Young foi um dos primeiros a usar o termo. Tudo aconteceu quando estudava a relação entre a tensão e a deformação de barras metálicas, em 1807Resiliência para a física é, portanto, a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido tensão.
A resiliência dos materiais, como o aço, é fator determinante para os profissionais de engenharia em todo mundo quando trata-se de estruturas de grande porte como, por exemplo, a Ponte Rio-Niterói e a Cidade Administrativa de Minas Gerais, além de outras inúmeras estruturas construídas pelo homem. Um uso bastante comum para o aço de alta resiliência é na fabricação de molas. Este termo também tem origens na Economia da Natureza ou Ecologia. Pode ser definido como a capacidade de recuperação de um ambiente frente a um impacto, como por exemplo, uma queimada. Logo, o bioma cerrado costuma apresentar uma grande capacidade de resiliência após uma queimada.
Atualmente resiliência é utilizado no mundo dos negócios para caracterizar pessoas que têm a capacidade de retornar ao seu equilíbrio emocional após sofrer grandes pressões ouestresse, ou seja, são dotadas de habilidades que lhes permitem lidar com problemas sob pressão ou estresse mantendo o equilíbrio emocional.

Ciência política é o estudo da política

ESSE ESPAÇO É PARA:

Sobre o Colóquio

Teoria Política o objetivo principal É o aprofundamento do diálogo entre a perspectiva histórica e a normativa de abordagem da teoria política. DEVEMOS ENTENDER: algumas das correntes centrais no campo da teoria política contemporânea, tais como o liberalismo político, o deliberativismo, o republicanismo, o pós-estruturalismo e o feminismo, especialmente no que toca às contribuições dessas correntes para a teoria democrática contemporânea.
Colóquio procurará explorar temas substantivos que têm se revelado, nas últimas décadas, centrais na prática da disciplina em nosso contexto acadêmico.
Ciência política é o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo — ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como empresas, sindicatos,igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de acção se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Existe no interior da ciência política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia. A posição da maioria dos cientistas políticos, segundo Maurice Duverger, é essa visão mais abrangente de que o objeto de estudo da ciência política é o poder.

A área temática de teoria política é um ramo da ciência política que agrega contribuições de variadas disciplinas, mas, especialmente, da filosofia política e da história da ideias políticas. No panorama acadêmico contemporâneo, essa área temática vem sendo compreendida de duas maneiras distintas, mas não inconciliáveis: como teoria política normativa e como teoria política histórica. A primeira envolve o esforço de reflexão crítica sobre realidade e a projeção do dever ser da ordem política, ao passo que a segunda elabora narrativas sobre o desenvolvimento da própria tradição do pensamento político, tomando como objetos de investigação as idéias de autores clássicos, os conceitos políticos centrais (e as mudanças conceituais) em dada época ou sociedade e os embates ideológicos situados em contextos históricos específicos. A teoria política é um empreendimento intelectual que percorre toda a trajetória das sociedades ocidentais e é indissociável da construção histórica dessas sociedades como comunidades propriamente políticas. Por fim, a teoria política abriga ilimitado pluralismo de perspectivas ideológicas e visões de mundo.

Na Grécia Antiga, para Aristóteles a política deveria estudar a pólis e as suas estruturas e instituições (a sua constituição e conduta). É considerado o pai da ciência política, porque considerou a política a ciência “maior”, ou mais importante do seu tempo. Criou, ainda, um método de observação que permitiu uma sistematização e explicação dos fenómenos sociais. Preocupava-se com um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo).
No século XVIMaquiavel e a sua obra dão origem à modernidade política. A sua preocupação era a criação de um governo eficaz que unificasse e secularizasse a Itália. Defende um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais ou éticas, um dirigente que não olha a sensibilidades para atingir os seus fins. A política, era assim a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitisse ao dirigente ou governante alcançar os fins independentemente dos meios, não visa a realização geral mas sim pessoal. Introduziu, ainda, um método comparativo-histórico, fazendo comparação entre dirigentes da sua época e de épocas anteriores através de exemplos. Introduziu, também, e reforçou a importância do Estado e da Instituição Estatal.
Na segunda metade do século XVI, Jean Bodin escreve “República”, obra que era também uma sistematização e explicação dos fenómenos políticos. Dá também grande relevância à ideia de soberania do Estado, é com base nesta teoria de soberania do Estado que Bodin cria o conceito de soberania (segundo o qual, o poder não tem igual na ordem interna e nem superior na ordem externa). Divide, portanto, o Estado em ordem interna e ordem externa e apenas considera um Estado soberano, se este for superior nestas duas dimensões.


PROFESSOR CLÓVIS BARROS FALA EM TEORIA ANALÍTICA. PENSO EM UM PARÂMETRO:

marxismo analítico refere-se a uma corrente de pensamento do marxismo, com especial destaque entre filósofos e cientistas sociais de língua inglesa. Essa corrente consolidou-se durante a década de 1980, principalmente associado aos estudiosos do chamado Grupo de Setembro, também conhecido como No Bull Shit Marxism.

Os membros do grupo caracterizavam-se por ter "um pensamento claro e rigoroso sobre os problemas normalmente obscurecido por uma neblina ideológica"
 . 


Alguns críticos alegaram que o marxismo analítico partiu de premissas epistemológicas e metodológicas erradas. Embora os marxistas analíticos tenham desqualificado o marxismo dialeticamente orientado como uma "besteira", outros defendem que o carácter distintivo da filosofia marxista está perdido se for analisado à parte da dialética. A característica fundamental da filosofia marxista é que ela não é um reflexo do pensamento do mundo, um materialismo bruto, mas sim uma intervenção no mundo de acordo com a práxis humana. De acordo com este ponto de vista, o marxismo analítico erradamente se caracteriza como uma atividade intelectual isolada das lutas que constituem a sua conjuntura política e social, e, ao mesmo tempo, que pouco faz para intervir nessa conjuntura. Para os marxistas dialéticos, o marxismo analítico eviscerou o marxismo, transformando-o a partir de uma doutrina sistemática de transformação revolucionária em um conjunto de teses discretas que se sustentam na base de sua coerência lógica e validade empírica.
Os críticos não-marxistas do marxismo analítico também se opuseram às suas deficiências metodológicas. Contra Elster e os marxistas defensores da escolha racional, foi alegado que o individualismo metodológico não foi a única forma de explicação válida nas ciências sociais, que o funcionalismo, na ausência de micro-fundações poderia permanecer um modo de pesquisa convincente e fértil, e que a escolha racional e a teoria dos jogos estão longe de serem universalmente aceitas como formas úteis ou apropriadas de modelar instituições e processos sociais.


Bibliografia

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  • COHEN, G. A. Karl Marx's Theory of History: A Defence (em inglês). Oxford: Oxford University Press, 1978. ISBN 0-691-02008-6
  • COHEN, G. A. History, Labour, and Freedom: Themes from Marx (em inglês). Oxford: Oxford University Press, 1988. ISBN 0-19-824816-4
  • COHEN, G. A. Self-Ownership, Freedom, and Equality (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press, 1995. ISBN 0-521-47751-4
  • COHEN, G. A. Karl Marx's Theory of History: A Defence: Expanded Edition (em inglês). Oxford: Oxford University Press, 2000a. ISBN 0-19-924206-2
  • COHEN, G. A. If You're an Egalitarian, How Come You're So Rich? (em inglês). Cambridge: Harvard University Press, 2000b. ISBN 0-674-00218-0
  • ELSTER, J. Making Sense of Marx (em inglês). Cambridge: Harvard University Press, 1985. ISBN 0-521-29705-2
  • ELSTER, J. An Introduction to Karl Marx (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press, 1986. ISBN 0-521-29705-2
  • GORDON, D. Resurrecting Marx: The Analytical Marxists on Freedom, Exploitation, and Justice (em inglês). Nova Jérsei: Transaction Publishers, 1991. ISBN 0-88738-390-4
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  • MILLER, D.London Review of Books, 31 de outubro de 1996.
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  • ROEMER, J. Analytical Marxism (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press, 1986. ISBN 0-521-31731-2
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Introdução ao Curso. O que é política?



Professor César Augusto Venâncio da Silva - Matriculado no Curso de CIÊNCIA POLÍTICA. Mestrando na Universidade INTERAMERICANA.
Professor CLÓVIS DE BARROS FILHO.
REFLEXÕES DO APRENDENTE EM FACE DAS AULAS DE 3 E 4 DE SETEMBRO DE 2014.



Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas europeias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados". O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía).
Cquote1.svgO homem é um animal político.Cquote2.svg

  • No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjetivo, compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores;
  • Na conceituação erudita, política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem", segundo Hobbes ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados", para Russel ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", que é a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe;
  • Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeirapolítica educacionalpolítica socialpolítica do café com leite;
  • Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil.
  • Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados";
A política é objeto de estudo da ciência política e da ciência social.

Bibliografia.

ANDRADA, Bonifacio de. Ciência política: ciência do poder. São Paulo: LTr, 1998.

  • ARON, RaymondAs Etapas do pensamento sociológico. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. (Coleção Sociedade Moderna).
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  • BOBBIO, Norberto et al. Dicionário de Política. 12 ed. Brasília: UnB, 2002. 2V.
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  • BONAVIDES, Paulo. Do Estado liberal ao Estado social. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 2007.
  • BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 6. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2007.
  • CHEVALLIER, Jean-JacquesAs grandes obras políticas. Rio de Janeiro: Agir, 1980.
  • DALLARI, Dalmo de AbreuElementos de teoria geral do Estado. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • DIAS, Reinaldo. Ciência política. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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  • KARIEL, Henry S. Aspectos do pensamento político moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 1966.
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  • LIMA, Alceu AmorosoPolítica. Rio de Janeiro: Agir, 1956.
  • MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • PEIXOTO, João Paulo M(Org.). Globalização, política e economia: aspectos comparados. Brasília: Instituto Teotônio Vilela, 1999. (Coleção pensamento social-democrata).
  • PORTO, Walter Costa. O Voto no Brasil; da colônia a quinta republica. Brasília: Brasil. Congresso. Senado Federal, 1989. (Historia Eleitoral do Brasil, 1).
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