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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ciência política é o estudo da política

ESSE ESPAÇO É PARA:

Sobre o Colóquio

Teoria Política o objetivo principal É o aprofundamento do diálogo entre a perspectiva histórica e a normativa de abordagem da teoria política. DEVEMOS ENTENDER: algumas das correntes centrais no campo da teoria política contemporânea, tais como o liberalismo político, o deliberativismo, o republicanismo, o pós-estruturalismo e o feminismo, especialmente no que toca às contribuições dessas correntes para a teoria democrática contemporânea.
Colóquio procurará explorar temas substantivos que têm se revelado, nas últimas décadas, centrais na prática da disciplina em nosso contexto acadêmico.
Ciência política é o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo — ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como empresas, sindicatos,igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de acção se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Existe no interior da ciência política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia. A posição da maioria dos cientistas políticos, segundo Maurice Duverger, é essa visão mais abrangente de que o objeto de estudo da ciência política é o poder.

A área temática de teoria política é um ramo da ciência política que agrega contribuições de variadas disciplinas, mas, especialmente, da filosofia política e da história da ideias políticas. No panorama acadêmico contemporâneo, essa área temática vem sendo compreendida de duas maneiras distintas, mas não inconciliáveis: como teoria política normativa e como teoria política histórica. A primeira envolve o esforço de reflexão crítica sobre realidade e a projeção do dever ser da ordem política, ao passo que a segunda elabora narrativas sobre o desenvolvimento da própria tradição do pensamento político, tomando como objetos de investigação as idéias de autores clássicos, os conceitos políticos centrais (e as mudanças conceituais) em dada época ou sociedade e os embates ideológicos situados em contextos históricos específicos. A teoria política é um empreendimento intelectual que percorre toda a trajetória das sociedades ocidentais e é indissociável da construção histórica dessas sociedades como comunidades propriamente políticas. Por fim, a teoria política abriga ilimitado pluralismo de perspectivas ideológicas e visões de mundo.

Na Grécia Antiga, para Aristóteles a política deveria estudar a pólis e as suas estruturas e instituições (a sua constituição e conduta). É considerado o pai da ciência política, porque considerou a política a ciência “maior”, ou mais importante do seu tempo. Criou, ainda, um método de observação que permitiu uma sistematização e explicação dos fenómenos sociais. Preocupava-se com um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo).
No século XVIMaquiavel e a sua obra dão origem à modernidade política. A sua preocupação era a criação de um governo eficaz que unificasse e secularizasse a Itália. Defende um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais ou éticas, um dirigente que não olha a sensibilidades para atingir os seus fins. A política, era assim a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitisse ao dirigente ou governante alcançar os fins independentemente dos meios, não visa a realização geral mas sim pessoal. Introduziu, ainda, um método comparativo-histórico, fazendo comparação entre dirigentes da sua época e de épocas anteriores através de exemplos. Introduziu, também, e reforçou a importância do Estado e da Instituição Estatal.
Na segunda metade do século XVI, Jean Bodin escreve “República”, obra que era também uma sistematização e explicação dos fenómenos políticos. Dá também grande relevância à ideia de soberania do Estado, é com base nesta teoria de soberania do Estado que Bodin cria o conceito de soberania (segundo o qual, o poder não tem igual na ordem interna e nem superior na ordem externa). Divide, portanto, o Estado em ordem interna e ordem externa e apenas considera um Estado soberano, se este for superior nestas duas dimensões.


PROFESSOR CLÓVIS BARROS FALA EM TEORIA ANALÍTICA. PENSO EM UM PARÂMETRO:

marxismo analítico refere-se a uma corrente de pensamento do marxismo, com especial destaque entre filósofos e cientistas sociais de língua inglesa. Essa corrente consolidou-se durante a década de 1980, principalmente associado aos estudiosos do chamado Grupo de Setembro, também conhecido como No Bull Shit Marxism.

Os membros do grupo caracterizavam-se por ter "um pensamento claro e rigoroso sobre os problemas normalmente obscurecido por uma neblina ideológica"
 . 


Alguns críticos alegaram que o marxismo analítico partiu de premissas epistemológicas e metodológicas erradas. Embora os marxistas analíticos tenham desqualificado o marxismo dialeticamente orientado como uma "besteira", outros defendem que o carácter distintivo da filosofia marxista está perdido se for analisado à parte da dialética. A característica fundamental da filosofia marxista é que ela não é um reflexo do pensamento do mundo, um materialismo bruto, mas sim uma intervenção no mundo de acordo com a práxis humana. De acordo com este ponto de vista, o marxismo analítico erradamente se caracteriza como uma atividade intelectual isolada das lutas que constituem a sua conjuntura política e social, e, ao mesmo tempo, que pouco faz para intervir nessa conjuntura. Para os marxistas dialéticos, o marxismo analítico eviscerou o marxismo, transformando-o a partir de uma doutrina sistemática de transformação revolucionária em um conjunto de teses discretas que se sustentam na base de sua coerência lógica e validade empírica.
Os críticos não-marxistas do marxismo analítico também se opuseram às suas deficiências metodológicas. Contra Elster e os marxistas defensores da escolha racional, foi alegado que o individualismo metodológico não foi a única forma de explicação válida nas ciências sociais, que o funcionalismo, na ausência de micro-fundações poderia permanecer um modo de pesquisa convincente e fértil, e que a escolha racional e a teoria dos jogos estão longe de serem universalmente aceitas como formas úteis ou apropriadas de modelar instituições e processos sociais.


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